quinta-feira, 7 de abril de 2011

sentimento?

Depois de algumas decepções, máguas, a gente acaba esquecendo o que é. Sentir saudades, afeto, falta de carinho, angustia, duvidas, medo, já não fazia parte de mim. E o que eu dizia há um tempo atrás, já não penso mais. As coisas mudam derepende, as coisas acabam derepende. Mesmo que você não queira, ou que você não esperava. E as vezes a minha fala de mulher independente se perde.
O passado devia servir para trazer aprendizado. Experiências positivas. Esperanças. E ficar pra trás. O passado não devia ser uma mala que você carrega a viajem inteira. Tudo que você vive é válido. É lindo (as vezes) mas é passado. Serviu como esperiência, mas passou. Passado. Tem gente que não consegue simplesmente deixar ir. E demora se acustumar com percas. Ou nem se acustume. Seria muito bom que você pudesse interagir com alguém como se nenhuma das partes tivesse vivido esperiências boas ou ruins. Como se fossem uma página em branco. Mas não é assim que funciona. Você e todo mundo tem uma memória interna. Um HD onde a gente vai salvando as coisas, deletando umas e outras por descuido, ou por querer, pra caber mais coisas novas. E nesse HD a gente guarda tudo, desde que a gente nasce. Pra isso serve essa memória interna. Porque é lá onde as coisas que passaram devem permanecer. Nas lembranças. Quando o passado começa a brigas com presente, é porque alguma coisa está errada. Fora de lugar. Um deles está invadindo o espaço do outro. Seu passado é só seu. O passado do outro é do outro. E, se esse passado não foi vivido junto no seu devido tempo, não tem porque ser vivido junto no presente.
- Então não o ama mais?

- Amo. Só guardei isso num cofre. E tranquei. E esqueci a senha. Não porque quis. Foi preciso.